Mirandela

Atraso na abertura da residência condiciona atribuição de apoio ao alojamento para alunos da ESACT

Publicado por Fernando Pires em Qui, 08/14/2025 - 10:06

O atraso da conclusão das obras de requalificação do antigo Hotel “Mira Tua”, que vai ser transformado em residência para estudantes da Escola Superior de Comunicação, Administração e Turismo (EsACT/IPB) de Mirandela está a deixar centenas de alunos e respetivas famílias com as “vidas suspensas”, porque ainda não sabem onde vão ficar a residir.

Até ao ano letivo anterior, como não havia residências da escola, muitos alunos bolseiros tinham direito a apoio financeiro para alojamento disponível no mercado de arrendamento, mas agora, em caso de vaga na nova residência, só continuam com o apoio financeiro se aceitarem ficar no novo equipamento.

O problema é que ainda não sabem quando vai abrir portas a nova residência e até isso acontecer têm de procurar uma solução que, em muitos casos, passa por fazer pré-reserva de arrendamento, mas receiam não poder cumprir porque podem ter de abandonar as casas a qualquer altura.

Foram vários os estudantes e familiares que fizeram chegar à nossa redação a sua preocupação, mas ninguém se mostrou disponível para gravar declarações. Também as agências imobiliárias têm vindo a constatar a enorme ansiedade de alunos e pais.

Joana Gonçalves, da Imobiliária Mirandelense, revela que só na sua agência, há perto de duas centenas de alunos que não sabem o que fazer. “Querem renovar os contratos, em setembro, para garantir os seus quartos e as suas casas, como todos os anos, mas o que me é dito em relação ao alojamento é que pode sair a qualquer altura. O que quer dizer que vão iniciar um contrato em setembro e podem chegar a janeiro ou a fevereiro e dizer-nos que vai sair do quarto”, diz.
Perante isto, “olhando para o nosso lado, põe-nos numa situação muito delicada, porque temos contratos específicos com estudantes de 10 a 11 meses, que se regem pela lei geral, que têm cumprir um terço do contrato mais os 60 dias, mas pode acontecer que um estudante chegue ao mês de dezembro e dizer-me que vai rescindir o contrato porque teve bolsa, e tenho que me justificar perante o senhorio e dizer-lhe que não vai ter rendas de janeiro a julho”, adianta.
Joana Gonçalves.

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