Por um voto se ganha, por um voto se perde
O povo é sábio em tudo o que diz. E, no que toca a eleições, o povo diz há muito tempo que “por um voto se ganha, por um voto se perde”.
Por isso, todos os votos contam.
Este domingo, somos chamados a ir às urnas votar nas eleições autárquicas, que vão decidir quem governa as nossas freguesias, as Câmaras Municipais dos nossos concelhos e quem nos representa nas assembleias municipais.
Muitos lutaram antes de nós para que o maior número de pessoas pudesse expressar-se em urna, de forma livre.
Honremos, pois, a memória daqueles que nos antecederam, que lutaram por esse direito, que derramaram o seu sangue para que, em dias como o de domingo, pudessemos ir às urnas expressar a nossa vontade.
E, só por isso, já seria uma obrigação levantarmo-nos do nosso comodismo e irmos exercer esse direito que tanto custou a conquistar.
Votar é muito mais do que um direito que alguém conquistou por nós e para nós. É um dever para connosco, com aqueles que nos rodeiam e com aqueles que nos trouxeram até aqui.
Só isso nos confere, depois, o direito de criticar, queixar, pedir, exigir medidas para a sociedade.
Sabe-se que as eleições autárquicas são um dos momentos mais emotivos da política, mais até do que as Legislativas ou as Presidenciais, pelo caráter de proximidade de que se revestem.
Mas o tempo de campanha termina no domingo. Não deixem arrastar as divisões para lá do campo em que devem estar e os confrontos para além daquilo que devem ser: confrontos de ideias e de argumentos.
Quer-se um ato eleitoral participado mas civilizado.
Porque é possível discordarmos uns dos outros sem necessidade de zangas, ameaças ou quezílias.
Só na troca de ideias e argumentos se evolui e se faz evoluir a sociedade.
Há concelhos em que este combate será mais acérrimo do que noutros. Mas o mundo não pára por uma vitória ou uma derrota eleitoral. Que este domingo seja um exemplo de civismo e participação, até para podermos, enquanto região, ter uma voz mais forte e capaz de ser ouvida junto das estruturas nacionais que nos governam.
Com tempos difíceis pela frente, com a instabilidade política e económica a ameaçar a Europa, isso torna-se mais importante do que nunca.
Façamos, pois, ouvir a nossa voz.